"...sempre eu viajo me perguntam, como é o Sul? o que toca lá? o que se come lá? o churrasco lá é melhor que aqui? as mulheres são tão bonitas como se fala? o pôr do sol do Guaíba é mesmo o mais lindo do mundo? vocês chamam o pão francês de "cacetinho"? vcs comem "branquinho" e "negrinho"? o que é aquele negócio que vcs tomam?"
Quem já não ouviu essa frase aqui no sul..??
É praticamente obrigatória em qualquer show, comício, estádio de futebol, etc..., em algum momento alguém inicia o coro Ah!! Eu sou gaúcho, se o evento for televisionado, grita-se duas vezes mais, no mínimo.
Já ouvi muitos dizerem que isso é uma manifestação bairrista, e eles tem razão, pelo menos nunca ouvi ninguém gritando Ah! Eu sou Mineiro, Paulista, Soteropolitano.
Ter orgulho da sua terra e tradições é uma marca do Gaúcho.
Marcas famosas utilizam estratégias de marketing diferenciadas em relação as adotada em outros Estados.
O nosso hino diz "...Sirvam nossa façanhas, de modelo a toda terra..." e todo bom Gaúcho sabe disso.
Ser Gaúcho é bom demais!!!
Tô escrevendo esse post por que sempre eu viajo me perguntam, como é o Sul? o que toca lá? o que se come lá? o churrasco lá é melhor que aqui? as mulheres são tão bonitas como se fala? o pôr do sol do Guaíba é mesmo o mais lindo do mundo? vocês chamam o pão francês de "cacetinho"? vcs comem "branquinho" e "negrinho"? o que é aquele negócio que vcs tomam?"
Geralmente eu respondo a todas e até já pesquisei algumas respostas, por que me sinto na obrigação de responder com "conhecimento de causa", não posso dizer que a gente toma Chimarrão simplesmente por que é bom, o que a pessoa iria pensar?? Já que ela me perguntou, ela precisa saber da tradição que envolve o tema, de como surgiu, de onde surgiu, que planta é aquela da erva, enfim, o ebjetivo não é formar um entendedor da cultura gaúcha a cada conversa, mas quando ele estiver "entre os dele" e ver na TV alguém tomando chimarrão e perguntarem "por que será que eles tomam aquilo" se ele não lembrar de tudo o que eu disse, pelo menos vai emitir algum comentário com respeito à nossa tradição.
É assim que se perpetuava uma tradição antigamente, ensinando ali, na palavra, no gesto, no olho no olho. Hoje tudo é diferente, pode-se pesquisar tudo na internet, saber sobre o que se quiser. Mas eu ainda valorizo o bate-papo, como diria o Analista de Bagé (meestre) "...Charlar passando a cuia por que micróbio não tem loucura..."
Muita coisa ainda é transmitida assim, afinal, antes de aprender a teclar, a gente aprende a falar né.
Vou postar aqui então uma música tradicional da cultura Gaúcha que retrata muito da lida diária do Gaúcho no que diz respeito ao "Pingo Amigo" ou, simplesmente, O Cavalo.
Mas antes alguma considerações sobre o artista, o qual conheci através do meu Pai:
Ênio Medeiros é um gaúcho com origem na campanha, filho de capataz de estância. Nasceu em 21 de maio de 1953, num galpão no município de Uruguaiana. É uma pessoa simples que trabalha e canta em nome da paz. Conhecedor da lida campeira, é peão, ginete e domador. Até hoje mantém vínculo com a atividade rural, de onde tira a essência de seus versos. Em 1978, nos galpões da Cabanha Santa Helena, que Ênio Medeiros teve os primeiros contatos com o instrumento que representa o diferencial de sua carreira: o bandoneon. Nada comum um músico campeiro fazer uso de um instrumento clássico que lembra de imediato a polca ou o tango. Por isso, pode-se dizer que Ênio Medeiros é precursor no gênero campeiro, tocando vanera no bandoneon. Na maioria, suas apresentações são feitas em shows, rodeios e festas campeiras no Rio Grande e também em outros estados como Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Também já se apresentou no Uruguai, na Argentina e na Bolívia.
Um quebra costela violento vivente.
Um abraço, até a próxima
Segue a Música Domas
