19 agosto, 2009

Matemática da Existência

"É isso que os defensores da existência do Deus omnipotente, omnisciente e sumamente bom devem refutar. Se aceitam todas as premissas, então devem aceitar que esse Deus é logicamente impossível. Redefinir o conceito de omnipotente seria desonesto - uma falácia do escocês -, como se mudasse as regras no meio de um jogo, e acho que muitos crentes não admitiram um Deus que não fosse perfeito no seu poder."

Eu estava ontem lendo alguns artigos interessantes de um Blog português, http://crerparaver.blogspot.com - fiquei fã do blog, muito bem escrito e melhor ainda, repleto de fontes de pesquisa, mas um post em especial me chamou a atenção, pedi autorização para posta-lo aqui, fui autorizado, desde que indicasse a fonte, o que faço questão.

O post trata basicamente sobre a questão da "Onisciência, Onipotência e Benevolência (ou sumamente Bom, como no blog português)", geralmente atribuídos ao deus cristão, Javé ou Iahweh.

Leia com muita atenção, se preciso, leia duas vezes, não é difícil de entender, mas precisa ser bem assimilado.

A questão:
Utilizando-se do Paradoxo de Epicuro, que consiste basicamente em "Se deus deseja evitar o mal, mas não o consegue? então não é omnipotente. Se consegue mas não o quer fazer? Então é mau. Se deseja evitar e consegue fazê-lo? Então de onde vem o mal?"
Geralmente a resposta cristã está no Livre-Arbítrio que deus deu para que pudéssemos fazer qualquer coisa (e claro, ser julgado).

O blog então, propõe um raciocínio lógico, que segue abaixo:

"""Se X faz o bem, então é bom.

Se X faz o mal, então é mau.

Se X só faz o bem (portanto, nunca faz o mal), então é sumamente bom.

Acho que quem acredita no "pecado original" aceite o seguinte:
Se X faz Y e Y é bom, então X é bom.
Se X faz Y e Y é mau, então X é mau.
Isso quer dizer que se Y0 fez Y1, Y1 fez Y2 e Y2 fez Y3, e Y3 é mau, então Y2 é mau, e Y1 é mau e Y0 é mau. É uma recursão. O problema para os que defendem o Deus clássico salta à vista. Mas pode-se admitir que para a definição de moralidade deve-se considerar uma componente de justiça: se não sabemos que as as consequências das nossas acções serão más, ou se não a pudermos evitar, então não devemos ser considerados moralmente maus. Mas por outro lado, se sabemos quais vão ser essas consequências e podemos evitá-las, e evitamo-las, então somos bons. E, caso contrário, se não as evitamos, seremos maus.

Se
a) X sabe que se fizer Y acontece Z, e Z é bom;
b) X pode fazer Y;
c) X faz Y;
então X é bom.

Se
c) X sabe que se fizer Y acontece Z, e Z é mau;
d) X pode não fazer Y;
e) X faz Y;
então X é mau.

Se
f) X sabe que se fizer Y acontece Z, e Z é mau;
g) X pode não fazer Y;
h) X não faz Y;
então X é bom.


Se

i) X sabe que se não fizer Y acontece Z, e Z é mau;

j) X pode fazer Y;

k) X não faz Y;

então X é mau.

Neste último caso os religiosos chama de "pecado por omissão". Por exemplo:
1) sei que se não te avisar és assassinado, e seres assassinado é mau;
2) posso avisar-te;
3) mas não aviso-te (por isso és assassinado);
então sou mau. Seria responsabilizado pela sua morte, e poderia ser acusado de homicídio por omissão.

Vamos considerar que Y pertence ao conjunto de tudo o que é bom e de tudo o que é mau.
l) Para qualquer Y (vamos considerar como excepção as contradições lógicas), se X é omnipotente, então X pode fazer Y;
m) Para qualquer Y, se X é omnipotente, pode não fazer Y;
n) Para qualquer Y, se X pode fazer Y, então X pode fazer o que é bom (l));
o) Para qualquer Y, se X pode fazer Y, então X pode não fazer o que é mau (m) ) );
De l), m), n) e o) conclui-se que um ser omnipotente pode sempre fazer só o bem e não fazer o mal (sumamente bom); senão o termo "omnipotente" deixa de ter qualquer significado;

Vamos supor que há um ser omnipotente e omnisciente, que criou tudo excepto ele próprio. Se é sumamente bom, então é impossível que exista o mal (i,j,k,l,m,n e o). Vejamos:
1) X sabe que Yn é mau;
2) X sabe que se fizer Y0, então acontece Yn;
3) X pode não fazer Y0;
4) X faz Y0;
5) Y0 faz Y1, ..., Yn-1 faz Yn
6) logo X é mau

q) X é omnipotente
r) existe um Yn que é mau
s) X não pode evitar Yn

1) e 2) são um absurdo



É isso que os defensores da existência do Deus omnipotente, omnisciente e sumamente bom devem refutar. Se aceitam todas as premissas, então devem aceitar que esse Deus é logicamente impossível. Redefinir o conceito de omnipotente seria desonesto - uma falácia do escocês -, como se mudasse as regras no meio de um jogo, e acho que muitos crentes não admitiram um Deus que não fosse perfeito no seu poder. Se acreditam num Deus não omnipotente, então o argumento não se aplica a vocês. Outra forma é não aceitarem i), j) e m) - o mal por omissão -, mas assim negariam o conceito que temos de justiça e até a ideia de "pecado por omissão".""""

Espero que seja entendido.

Fontes e links:
Wikipédia:

11 agosto, 2009

"Guilherme PROCON" - O Retorno


"Talvez não dê em nada, como já aconteceu antes, mas que eu me sinto bem melhor, isso é verdade. Reclamação sem ação, é "lamúria"."

Meus amigos sabem, sou famoso por ser um consumidor consciente dos meus direitos, muitas vezes confundido como "chato" mesmo...hehehe.

Fazia tempo que eu não reclamava de nada, mas resolvi voltar a ativa graças aos Supermercados Carrefour.

Talvez não dê em nada, como já aconteceu antes, mas que eu me sinto bem melhor, isso é verdade.
Reclamação sem ação, é "lamúria".

O texto abaixo foi enviado a todos os canais de atendimento disponibilizados pelo Carrefour:

"Bom dia,

Meu nome é Guilherme (RG XXXXXXX) e estou enviando este e-mail para expressar meu desapontamento com o Cartão Carrefour.
Estive ontem na Loja Sertório para fazer o cadastro para o cartão, levei comprovante de residência (22 anos no mesmo local), os 4 últimos Contra-cheque (9 meses na empresa atual, R$ XXXX de renda), conta bancária em 2 bancos (BB há 8 anos e HSBC há 5 anos), 2 cartões de crédito, além de CPF e documento atual com foto, referências pessoais, enfim, não entendo em qual momento não atendi os requisitos para fazer tal cartão, já é a segunda vez que tento fazer este cartão e ouvi a mesma coisa, "O sistema não aprovou", sempre sem me dar os motivos.
Um detalhe interessante, em frente a Loja Sertório do Carrefour, existe um Supermercado BIG (da bandeira WallMart), aproveitando o tempo que tinha disponível, fui até lá com os mesmos documentos que apresentei minutos antes no carrefour, e vejam só SAÍ DE LÁ COM DOIS CARTÕES HIPERCARD NA HORA, de qualquer forma retornei ao Carrefour para comprar uma Mala de Viagem, que tive que comprar com o meu Cartão de Crédito, pois o mesmo não tem interesse em me ter como cliente.
Lamento muito o ocorrido e lhes garanto que esta mala, foi a última coisa que comprei em suas lojas.

O Slogan do Carrefour é "É lá que a gente vai encontrar" - o slogan não especifica o que você irá encontrar, porém, só encontrei mal atendimento e falta de informação.
Concordo com o Slogan do Bourbon (do qual tenho cartão há 5 anos, com gastos mensais) "Economizar, é comprar bem"

Tenham um bom dia.
Guilherme da Silva Santos, ex-Cliente.
PS: Nem percam tempo me mandando respostas automáticas para esta mensagem, dizendo "dirija-se a loja mais próxima para efetuar nova tentativa"

Se houver continuação, eu posto aqui.

10 agosto, 2009

Feliz dia dos Pais!

"A geração afetada diretamente pela internet, é nova, tem entre 10 e 30 anos, e ainda estão aprendendo a manejar essa ferramenta virtual, em 20 anos, quando o pessoal de 30 (que produz boa parte do “melhor conteúdo da internet”) tiver 50, e a galera dos 10 anos (que ilustra o argumento do Pai) tiver 30, a tendência é de clara melhora de conteúdo, os cinqüentões estarão mais preocupados com a política nacional e desenvolvendo mais sobre este tema, os trintões do futuro vão estar na situação dos trintões do presente, produzindo esse “conteúdo cooperativo/participativo” que defendi na minha visão..."

Internet 5.0



Então, a idéia era continuar postando os vídeos, mas os estudos para o ENEM 2009 têm dificultado esse processo.

Mas resolvi postar uma conversar que tive com meu Pai nesse fim de semana, aproveitando o dia deles.

Conversávamos sobre diversas coisas, quando surgiu o assunto internet, e entre um copo e outro de cerveja (meu presente pro Pai foi justamente um copo de cerveja, ele adorou) chegamos à uma conclusão interessante, aliás, o bom de conversar com o Seu Jorge (meu pai, não o músico) é que nós aceitamos os argumentos um do outro, e eventualmente saímos com uma impressão diferente, sobre um assunto em que já tínhamos uma opinião formada, deveria ser assim em qualquer conversa, mas sabemos que não é bem assim.

Começamos discutindo argumentos sobre tempos modernos X tempos antigos, ele comentou que antes da internet, os protestos nas ruas, eram mais comuns e hoje, com a internet reunindo tantos, os protestos “perdem força”, acabei concordando com ele, realmente vemos uma juventude bem alienada, utilizando a internet para coisas “fúteis”, caindo em “contos (virtuais) do vigário”, repassando correntes sem sentido, ou seja, banalizando o meio.
Aí repliquei com ele as coisas boas que tenho visto desde o início da internet (popularizada a pouco mais de 10 anos), os fóruns de ajuda, a própria Wikipédia, as notícias e informações em tempo real, campanhas (as sérias) que são difundidas mais rapidamente. E ele também concordou comigo, frequentemente ele fica impressionado com informações que trago pra ele, vindas somente de pesquisas da internet.

Mas ficou a pergunta.
Por que esse abismo entre os argumentos dele e os meus?
Foi então que veio a conclusão.
A geração afetada diretamente pela internet, é nova, tem entre 10 e 30 anos, e ainda estão aprendendo a manejar essa ferramenta virtual, em 20 anos, quando o pessoal de 30 (que produz boa parte do “melhor conteúdo da internet”) tiver 50, e a galera dos 10 anos (que ilustra o argumento do Pai) tiver 30, a tendência é de clara melhora de conteúdo, os cinqüentões estarão mais preocupados com a política nacional e desenvolvendo mais sobre este tema, os trintões do futuro vão estar na situação dos trintões do presente, produzindo esse “conteúdo cooperativo/participativo” que defendi na minha visão, acima.

Após a conclusão, vimos que não é necessário que fiquemos alarmados com tudo isso, que nos resta ter paciência, para que as coisas caminhem como sempre caminharam (quem disse que todos os caras-pintadas sabiam o que estavam fazendo?) e que os tempos atuais nos provem mais uma vez que esses 20 anos que eu falei, podem virar só 10, devido a quantidade disponível de informação.

Era isso.

Como dizem os comandantes de vôo após as mensagens aos passageiros:
- Pela atenção, obrigado!

Valeu pelo papo inspirador Pai, taí o resultado.

Comentários?
Foi o que pensei.

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