20 junho, 2009

Frase


"Já imaginou se tivéssemos de carregar as expectativas alheias sobre os nossos ombros? Seríamos escravos dos outros. Teríamos, o tempo todo, obssessores ao nosso lado, e não amores e amigos. Deus me livre! Tenho certeza que cativar alguém não é isso."

Eu já queria ter postado esse texto aqui há tempos, mas acabei esquecendo, mas já diz o ditado:

"Antes tarde, do que mais tarde".....heheh

O texto é a respeito da frase de Saint Exupéry, no livro O Pequeno Príncipe, que também é muito usada pelo Arthur de Faria

....ahhh a frase é
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"
Segue o texto:

"Creio que a frase do livro "O Pequeno Príncipe" foi muito mal interpretada. Somos responsáveis, em último grau e instância, apenas por nós mesmos. Não somos eternamente responsáveis pelo o que o outro sente por nós. O que ele sente ou deixa de sentir por nós é apenas dele e, portanto, compromisso dele consigo mesmo.
Já imaginou se tivéssemos de carregar as expectativas alheias sobre os nossos ombros? Seríamos escravos dos outros. Teríamos, o tempo todo, obssessores ao nosso lado, e não amores e amigos. Deus me livre! Tenho certeza que cativar alguém não é isso.
A responsabilidade eterna à qual o autor se refere não é essa escravidão que a maioria pensa. É preciso saber "tirar o espírito da letra". Leitura superficial gera interpretação vazia e simplista.
Tenho convicção de que ele se referia a algo muito diferente. Ele se referia ao amor verdadeiro, ao afeto equilibrado, ao carinho gratuito, etc.
Acho que o francês Antoine de Saint-Exupéry, autor do livro "O Pequeno Príncipe", quis dizer em sua obra, especialmente por meio dessa frase tão divulgada, muito mais do que a interpretação rasteria e superfical que a maioria conseguiu compreender.
A interpretação mais comentada é equivocada, pois justifica um comportamento doentio, isto é, pegajoso, prisioneiro, simbiótico e, portanto, sombrio que muito se distancia do amor.
Quem ama liberta, sabe viver desapegado, vive bem mesmo estando distante de quem se ama e, mais do que isso, sabe distribuir o amor para todos.
Já imaginou se fóssemos responsáveis pelo sentimento que brotasse no coração de alguém totalmente desequilibrado e pegajoso? Se um psicopata pegasse no nosso pé? Se uma criatura super dependente emocional se grudasse na gente? Se nos sentíssemos culpado por alguém ter se apaixonado por nós e não correspondéssemos à essa paixão? Se também fóssemos responsabilizados por X ou Y que, gratuitamente, resolvesse nos odiar?
Não temos responsabilidade sobre isso pelo simples fato de tais opções serem do outro. Não temos culpa alguma se - sendo nós mesmos, naturais no agir - acabarmos por cativar alguém, pois isso é natural e faz parte da vida. É amor equilibrado. Também somos cativados pelas pessoas. Sentimos, diariamente, atração e repulsão com quem convivemos.
O que não podemos é agir de má-fé, isto é, mentir sentimento de afeto por alguém para conseguir algo com isso ou obter alguma vantagem. Também não devemos odiar e perseguir alguém por pura inveja.
Se alguém deposita em nós toda a sua razão de viver e expectativas de felicidade, o melhor presente que podemos oferecê-la é nos afastar para que ela possa retomar o seu equilíbrio, a sua segurança e a sua independência. Isso tem tratamento. Ela precisa se curar disso, se libertar e, com certeza, nós também não merecemos carregar essa responsabilidade. Temos que desatar esse nó."
O texto é assinado por um tal Alexandre.

Taí, comentários?

Nenhum comentário:

Contador de Visitas